A Serra do Brigadeiro

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Serra do Brigadeiro é um nome 'genérico' para o maciço que compõe o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, situado na Zona da Mata de Minas Gerais. O parque estadual, criado em 27 de setembro de 1996, tem 13.210 hectares de matas nativas e uma paisagem dominada por montanhas, vales, chapadas e encostas e diversos cursos d’água que integram as bacias dos rios Paraíba do Sul e Doce (Fonte: IEF).
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Porém a maior parte das cachoeiras próprias à visitação estão no entorno do parque, principalmente nos municípios de Araponga, Fervedouro e Pedra Bonita. Estes municípios e seus vários distritos guardam muitas belezas naturais, povo hospitaleiro e histórias fantásticas.
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Antigamente a serra era conhecida como Serra dos Arrepiados por causa dos índios Puris, primeiros habitantes da região, com seus cabelos amarrados em forma de coque no alto da cabeça. Outra versão consta que é pelo frio da serra que arrepia a pele de quem passa por ali.
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A primeira visita do homem branco foi uma bandeira escravagista com 50 homens liderados pelo bandeirante Antônio Rodriguez de Arzão, que por volta de 1690 encontrou ouro de aluvião nesta serra, os primeiros cascalhos auríferos descobertos no território de Minas Gerais.
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Mas a região continuou preservada graças à sua geografia acidentada e matas fechadas. Até que a quase 200 anos atrás a presença do brigadeiro Bacelar, emissário do governo que veio fiscalizar as divisas da Província das Minas Gerais, acabou por dar início à grande devastação da região. Foram rebatizados o Rio Guarutos de Rio Glória e a Serra dos Arrepiados de Serra do Brigadeiro. Os índios Puris foram dizimados.
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A partir da década de 60 a densa mata da serra foi brutalmente devastada para alimentar os fornos de fundição de metais como aqueles da Companhia Belgo Mineira. Foram 10 anos que devastaram milhares de hectares de mata atlântica nativa.
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Finalmente a mentalidade do ser humano começa a mudar, e tentativas como a instituição de áreas de proteção legais e educação ambiental das populações do entorno podem pôr um fim no uso abusivo deste paraíso natural.
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